Em causa está o furto de 30 mil dólares norte-americanos ocorrido em 2017 e a liberdade da vítima no início deste ano, após cumprir quatro anos de cadeia pelo furto dos valores em causa.

O mandante do crime, o irmão mais velho da vítima, já detido, não gostou de saber que o irmão tinha sido solto, avançou ao Novo Jornal o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do Serviço de Investigação Criminal (SIC) Luanda, superintendente-chefe Fernando de Carvalho.

Ao que o Novo Jornal apurou, o mandante do crime, em companhia da sua esposa, também detida, arquitectaram o crime contratando um indivíduo para a materialização deste plano.

"A mulher do acusado pagou 300 mil Kwanzas para o referido serviço, criando depois um perfil falso no Facebook com o nome fictício de Iracema de Castro. Contratando igualmente uma mulher para se fazer passar por dona do perfil falso, que terá sido recompensada com 100 mil Kwanzas", relatou, acrescentando que a mesma fez amizade com a vítima e chegou a atraí-lo para um primeiro encontro no viaduto do Zango.

Fernando de Carvalho explicou que já estavam criadas às condições para materializar o crime no interior de um dos apartamentos do mandante (na foto, com a mulher) na centralidade Vida Pacifica, no Zango.

"Em seguida rumaram para a centralidade do Zango, projecto habitacional Vida Pacífica, onde está situada uma das propriedades do acusado. Sem que a vítima soubesse, ali já se encontravam os autores da execução, a mulher do acusado e o homem contratado".

Segundo o superintendente-chefe, no interior do apartamento, a jovem contratada agiu como se estivesse na sua residência, deixando a vítima à-vontade na sala e sob orientação da contratante.

"Serviu-lhe um copo de sumo e um prato de sopa, contendo substâncias psicotrópicas que, após a sua ingestão, deixaram a vítima numa sonolência profunda", descreveu.

"A vítima, antes de ser morta, o seu rosto foi envolvido em fita adesiva, provocando a morte por asfixia. Depois transportaram o cadáver para um dos quartos, onde o esquartejaram com uma rebarbadora e introduziram os pedaços do corpo num balde e desfizeram-se dos restos mortais nas imediações do quilómetro 30, no município de Viana, num terreno baldio", concluiu, Fernando de Carvalho.