A caminho do segundo ano desde que os ginásios foram obrigados a fechar as portas, devido à pandemia do novo coronavírus, que já soma mais de mil mortos no País, especialista em Saúde Pública entende que já é hora de se reabrirem esses espaços.

Domingos Cristóvão, que alerta para o aumento de casos de obesidade em consequência do sedentarismo no seio da população, alega que os referidos espaços "não são potenciais fontes de contágio da Covid-19, se comparados com as praças e transportes públicos".

"Quem está habituado a treinos, quando pára por muito tempo, pode regredir a sua capacidade física de sustentabilidade dos músculos e recomeçar a ganhar peso, o que implica outras doenças desde a hipertensão ao aumento de colesterol, atrofio de alguns músculos e obesidade", explica ao Novo Jornal.

Domingos Cristóvão diz não entender as razões da não-abertura dos ginásios, uma vez que, a seu ver, nesses locais, "existe o distanciamento tanto entre pessoas como entre equipamentos".

As críticas, no entanto, não se resumem aos profissionais de saúde. Preparadores físicos ouvidos pelo NJ sentem-se "esquecidos" e mostram-se preocupados com a "sustentabilidade" deste segmento. Os personal trainer (PTs) ou preparadores físicos - do inglês para português - contam que, devido à crise pandémica, tiveram de se reinventar para sobreviver.

Entre estes profissionais, os que dependiam exclusivamente das receitas decorrentes dos treinos nos ginásios passaram a dar aulas ao domicílio ou ao ar livre, ao passo que outros recorreram às redes sociais, disponibilizando vídeos e planos de aulas para os alunos, embora a adesão não seja a mesma que a dos tempos anteriores à Covid-19, daí que todos convirjam nos pedidos para o Estado rever as medidas na próxima actualização sobre a Situação de Calamidade Pública, agendada para dentro de uma semana.

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