A Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL) diz não haver falta de água na capital, mas reconhece que existem, de momento, algumas restrições no fornecimento em diversos bairros da província de Luanda devido aos trabalhos de manutenção que decorrem na linha de alta tensão da Estação de Tratamento de Água (ETA), em Cassaque.

Enquanto isso, em diversos bairros e municípios a falta do fornecimento de água da rede pública tem criado muitos transtornos na vida de milhares de munícipes, que sem alternativas recorrem aos conhecidos motoqueiros "kupapatas", que se aproveitam da procura de água para subiram o preço do bidão.

Nos bairros da Ana 'Ngola, Bairro Popular, Terra Nova, Palanca, Rangel, e do Nelito Soares, como certificou o Novo Jornal esta manhã, o preço do bidão disparou de 50 para dois bidões 500, valor pedido anteriormente por quatro.

Em municípios como Luanda, Viana, Cazenga, Belas e Kilamba Kiaxi, a água deixou de correr há três semanas.

Os distritos urbanos do Palanca, Terra Nova, Rangel, Samba, Tala Hady, Cazenga Popular, Cassequel, Avó Kumbi, Golf I e II e tantos outros, estão sem água há vários meses.

Nestas zonas, os moradores dizem-se cansados de tanto reclamarem e de gastarem dinheiro, diariamente, para a aquisição de bidões de água.

Ao Novo Jornal, o porta-voz da EPAL, Vladimir Bernardo, disse haver restrições no fornecimento de água em Luanda devido aos trabalhos de manutenção que decorrem na linha de alta tensão da Estação de Tratamento de Água (ETA), em Cassaque.

"Em consequência dos referidos trabalhos, as estações de tratamentos de água localizadas na região do Kikuxi, trabalham abaixo da sua capacidade de produção", explicou.

Segundo o porta-voz da EPAL, esses trabalhos estão previstos terminarem esta terça-feira,21.

Segundo Vladimir Bernardo, o trabalho de manutenção enquadra-se no projecto de construção da nova estação de bombagem de água bruta de Cassaque, que está na fase final.