Segundo o responsável, a OMUNGA pretende, com estas campanhas, transmitir informações nos mercados informais, sobre "esta prática que corrói a dignidade dos cidadãos, deteriora o convívio social e compromete a vida das gerações actuais e futuras".
"A título de exemplo, a nível das instituições públicas e privadas passa-se muita coisa. Neste âmbito, é nosso objectivo ouvir dos cidadãos nos mercados informais do País como é que as suas vidas têm sido impactadas pela corrupção e que soluções propõem para a sua prevenção e combate", disse o director executivo da OMUNGA, salientado que "é preciso um forte investimento em termos de moralização da sociedade".
Segundo João Mandavile, o pontapé de saída da campanha contra este mal que "afecta toda a sociedade, macula a prestação dos serviços públicos e o desenvolvimento social e económico do País teve início esta semana na província de Benguela.
"Para enfrentar essa batalha, uma das principais armas é a educação. Foram formados activistas voluntários que vão passar nos mercados informais para transmitirem as consequências da corrupção na vida das pessoas", acrescentou.
"Nesta primeira fase da campanha percebemos que os cidadãos estavam surpreendidos pelo facto de estarmos a abordar o assunto da corrupção no mercado informal. Não estavam à espera disso. Os cidadãos ainda têm a percepção de que este é um assunto que se deve discutir no âmbito das instituições públicas, por isso muitos deles acham que para discutir a corrupção deve-se começar no topo, ou seja, com os dirigentes do País", referiu.
A estratégia de levar o assunto aos mercados informais, segundo o responsável da OMUNGA, "tem muito a ver com a necessidade de expandir a mensagem a um maior número possível de cidadãos de diferentes estratos sociais, já que estes têm sido um ponto de convergência".
Disse que nos próximos tempos a campanha será lançada nas redes sociais de modo a sensibilizar os cidadãos para os efeitos nefastos da corrupção, para as questões da ética e promover alterações comportamentais.