Segundo Hélder Pitta Grós, uma vez recolhidas as provas e confirmadas as investigações, os nomes dos supostos envolvidos serão tornados públicos.
"Estamos na fase de recolher essa informação junto da comissão multissectorial, e os nomes serão divulgados assim que o trabalho de investigação estiver completado. Temos de ter provas consistentes de que essas pessoas estão mesmo envolvidas, essas pessoas têm de ter nome", disse o número um da PGR.
Conforme Hélder Pitta Grós, a denúncia aponta nomes de governantes, oficiais generais, comissários e altas figuras do aparelho do Estado, mas a PGR terá de ver o que vai acontecer no decorrer da investigação.
"Só podemos falar alguma coisa depois de obtermos essas informações da parte da comissão multissectorial e fizermos as diligências necessárias para consolidarmos a prova", afirmou.
A criação da comissão multissectorial pelo Presidente da República tem por objectivo tratar do problema do contrabando de combustíveis, que, no fim, resulta na economia congolesa a usufruir da subsidiação em Angola a estes bens.
E a denúncia feita pelo líder desta comissão de que o crime envolve governantes, generais e comissários da PN criou uma forte expectativa na sociedade de que este problema seria resolvido rapidamente por serem já conhecidos os seus cabecilhas. Mas, até agora, nada.
O Novo Jornal soube junto de fontes da PGR que, apesar da expectativa pública criada pela denúncia, até agora a Casa Militar do PR não remeteu a lista dos nomes de figuras do Estado que supostamente estão envolvidos no contrabando, como noticiou no dia 10, mas agora o procurador-geral da República vem dizer que vão mesmo investigar após a recepção das provas da comissão multissectorial, e que, para tal já estão indicados os magistrados do MP que vão investigar.