Segundo o director de Segurança Pública e Operações do Comando Geral e porta-voz da Polícia Nacional (PN), comissário Orlando Bernardo, com o reforço do patrulhamento e do policiamento de proximidade, a Polícia Nacional pretende "prevenir e fiscalizar comportamentos ilícitos e de risco para a segurança da população", respondendo desta forma aos últimos relatos de "terror vivenciados em Luanda".

"Todos os dias a Polícia Nacional procede à detenção de mais de 150 pessoas, acusadas por crimes de natureza diversas", aponta Orlando Bernardo, sublinhando que a cifra de elementos detidos subiu devido ao reforço do patrulhamento em diversos pontos da cidade de Luanda.

O oficial deixou uma crítica ao trabalho do Ministério Público devido à soltura, por excesso de prisão preventiva, de vários marginais que estavam a espalhar o terror na cidade com assaltos na via pública, especialmente com recurso a duplas em motorizadas e armados.

Isto, porque, entende Orlando Bernardo, se o MP tivesse correspondido em velocidade de apreciação de alguns processos, esses marginais que foram libertados não teriam tido a possibilidade de retomar a prática desses mesmos crimes.

"A nossa força de segurança vai continuar a reforçar o policiamento e fiscalização nas principais estradas, bairros, distritos e nos municípios, para prevenir comportamentos que possam colocar em causa a segurança dos diferentes utilizadores da via pública", adiantou.

Orlando Bernardo salientou, entretanto, que as celas nas cadeias e esquadras estão sobrelotadas devido ao número elevado de detenções em função dos crimes violentos ocorridos por toda a cidade de Luanda.

"Reitero que a Polícia Nacional está nas ruas e não saiu para brincar. Estamos a trabalhar para garantira a segurança e tranquilidade da população", disse, ressaltando que a situação até agora é a esperada "em termo de prontidão das forças e de resposta no combate ao crime que ocorre na via pública".