O Novo Jornal sabe que o acusado não possui residência fixa e o crime de violação sexual, previsto e punível pelo artigo nº 394 do Código Penal Angolano, caso fosse a julgamento, poderia levar a uma pena de 10 anos de prisão efectiva.

O crime, segunda consta nos autos, começou a ser consumado desde 2016, e o acusado, vizinho das menores, detido e solto três dias depois, confessou, durante a instrução preparatória do processo-crime n° 31687/21 VN-Zango, que começou a abusar sexualmente das três menores quando duas delas tinham seis anos, e a outra oito.

Segundo fonte do SIC-Viana, as menores, agora com 11 e 13 anos, foram vítimas de abusos sexuais até ao mês de Junho deste ano.

"No depoimento narrou uma situação de abusos sexuais durante cinco anos, com ameaças assustadoras, prometendo matar os pais das vítimas, caso o denunciassem", disse o oficial do SIC, sublinhando que em poucas horas, "os inspectores prenderam o acusado e entregaram o caso ao procurador, que após ter ouvido o homem, o colocou em liberdade sem antes ter visto o exame do Laboratório Central de Criminalística".

A razão da medida de coação imposta pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Viana, que, entretanto, prometeu um pronunciamento nos próximos dias, é desconhecida, segundo apurou o Novo Jornal junto do porta-voz da Procuradoria-Geral da República (PGR).