Os principais jardins e largos da cidade de Luanda voltaram a nascer e a ter cor verde, após vários anos degradados e votados ao abandono. A restauração enquadra-se no projecto Adopte um Jardim, levado a cabo, desde o ano passado, pela Comissão Administrativa da Cidade de Luanda (CACL).

Com a iniciativa, a CACL cede os espaços a empresas seleccionadas através de um concurso público, cabendo a essas entidades a responsabilidade de zelar pela conservação dos respectivos locais. Neste processo, as empresas têm a liberdade, por exemplo, de subcontratar outras entidades para lá publicitar as suas marcas, desde que garantam que o lixo, o capim seco e os arbustos desarranjados, que antes eram o "cartão-de-visita" dos principais jardins e largos da capital, fiquem definitivamente para o passado.

Aliás, hoje, quem passa por estes espaços deleita-se com zonas verdes, arbustos arranjados e palmeiras decorativas que o convidam para uma sessão fotográfica, leitura e conversa, sob o desfrute de ar puro.

Um destes espaços, visitado pelo Novo Jornal, é o largo junto ao colégio Elizângela Filomena, na Rua Nicolau Gomes Spencer. Esse local - apadrinhado e recuperado na totalidade pela empresa Art Jan, que tem ainda a responsabilidade de restaurar os jardins da linha da Avenida Deolinda Rodrigues - tornou-se chamariz para muitos luandenses, que aplaudem tal gesto, apelando à responsabilidade das empresas para a devida manutenção.

"As zonas verdes são necessárias para a promoção da qualidade de vida das pessoas. Pensaram bem em restaurar os jardins e largos, porque nos faziam muita falta. Esperamos que, da mesma forma que estão a arranjar, passem a fazer a devida manutenção", diz um transeunte, que tem a opinião reforçada por um cidadão: "Sendo a capital, tem de ser bem tratada para isso passar por todas as zonas, como o jardim do Largo da Igreja da Nossa Senhora da Nazaré, que se encontra em mau estado, sem falar do Marco Histórico do Cazenga e de Cacuaco, que precisam com urgência de manutenção".

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