Entre as empresas usadas no esquema está a UNITEL, a ENDE, a EPAL, o BAI ou o BFA, recorrendo os meliantes ao argumento de que estão a tratar da actualização de dados, solicitando aos clientes elementos que dão acesso ilegítimo à sua conta do WhatsApp.

Este problema agrava-se quando, a partir desta conta, os criminosos têm acesso a outros dados, como, por exemplo, de contas bancárias, imagens íntimas que permitem chantagens ou, entre outros, fazer pedidos de dinheiro a "amigos" ou "familiares".

Segundo o SIC, nos últimos dias, várias pessoas viram as suas contas do WhatsApp sequestradas depois de terem recebido chamadas e seguiram as instruções dos criminosos, fornecendo os seus códigos durante a conversa.

Ao Novo Jornal, o director de comunicação institucional e imprensa do SIC-geral, o superintendente-chefe Manuel Halaiwa, disse que várias pessoas foram também burladas ao acederem aos falsos formulários de actualização do aplicativo bancário "BAI Directo".

"Os criminosos praticaram outros crimes, como extorsão online, chantagem, furtos em contas bancárias e burlas, pois introduziram-se na vida particular, íntima e reservada das pessoas", disse.

Segundo Manuel Halaiwa, os cidadãos que comunicaram ao SIC, tão logo sofreram esses ataques viram as suas contas recuperadas, "por meio de acções de inteligência criminal".

"Estas mensagens e chamadas são uma tentativa de phishing que é uma técnica de fraude online para aceder de forma ilegítima a senhas de banco e outras informações pessoais", alertou.

Conforme o Serviço de Investigação Criminal, várias medidas foram tomadas para prevenir tais burlas.

Por isso, o SIC alerta os cidadãos para não atenderem a chamadas deste tipo nem tão pouco fornecerem quaisquer dados a terceiros.

O porta-voz do SIC-geral assegura que em "em caso de dúvida o melhor é contactar direitamente o fornecedor do serviço".