As partes assinaram esta tarde um memorando de entendimento e greve será levantada na próxima segunda-feira, dia 22, soube o Novo Jornal junto do SINPES.

"O Governo comprometeu-se a satisfazer todos os pontos do caderno reivindicativo apresentado pelo SINPES e o sindicato irá realizar uma assembleia-geral na sexta-feira,19, para deliberar o fim da greve", disse Eduardo Peres Alberto, secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior.

O Novo Jornal sabe que foram antes realizadas três rondas negociais, que culminaram nesta quarta-feira com a assinatura de um "memorando de entendimento" entre o sindicato e os ministérios do Ensino Superior e do Trabalho e Segurança Social.

De recordar que a greve foi declarado no passado dia 29 de Outubro, e teve o seu início no dia 10 desde mês.

Das reivindicações constam aumentos salariais, seguro de saúde e fundos para investigação científica.

Segundo SINPES, os professores universitários têm salários miseráveis e querem que o Executivo os reajuste até ao máximo de cinco mil dólares (o equivalente em kwanzas), para os professores catedráticos.

"Actualmente um professor catedrático tem o salário de 400 mil kz, que não chega aos 500 USD, e vivem na miséria. Se em 2012, solicitávamos 1,500 milhões de kz para o professor titular, o que correspondia a 15 mil dólares, hoje pedimos o reajuste salarial, indexado ao dólar, e esse reajuste atinge para o professor catedrático cinco mil USD, e para o assistente estagiário até 2.000 dólares".

Salário condigno, equivalente aos dos magistrados, pagamento da dívida, melhoria das condições de trabalho, assistência médica e medicamentosa, melhoria das infra-estruturas para as instituições de ensino superior, formação dos docentes e trabalhadores não docentes e fundo de investigação científica e publicações, são os pontos constantes do caderno reivindicativo apresentado ao MISTIC.