O Sindicato Nacional de Professores e Trabalhadores do Ensino Não-Universitário (SINPTENU), que realizou uma greve interpolada de 20 a 26 do corrente mês, garante voltar a paralisações no mês de Abril, caso o Ministério da Educação (MED) não resolva a questão da proposta salarial constante do caderno reivindicativo remetido à tutela em Fevereiro de 2021.
Em declarações ao Novo Jornal, o presidente do SINPTENU, Avelino Calunga, explica que, dentre as várias reclamações, uma passa pela questão remuneratória, aliás, um velho problema constante das reivindicações de outros organismos sindicais do sector. Sobre este ponto, no entanto, o SINPTENU exige um salário mínimo de 100 mil e o máximo de um milhão de kwanzas. "Não se justifica que um professor, seja qual for o seu nível académico, que resulta da categoria em que se encontre, esteja a ganhar 69 mil kwanzas e o máximo da tabela seja 300 mil kwanzas", reclama Avelino Calunga, assinalando a negociação da tabela salarial como o ponto crucial do caderno reivindicativo.
Segundo o presidente do SINPTENU, já houve várias reuniões com o MED, mas "não surtiram efeitos", porque, alegadamente, o que ficou prometido não foi implementado até ao momento. "Eles [MED] nem querem falar connosco, dizem que criámos alas, mas sabemos que são manobras de fugir das suas responsabilidades", refere o responsável, antes de avisar que, caso permaneça o problema, até ao final do ano, o órgão realizará várias greves.
O SINPTENU, que alberga docentes, pessoal administrativo, auxiliares de limpeza e técnicos pedagógicos, já vai na sua segunda greve em menos de 10 meses. Na primeira, realizada em Abril de 2021, esteve sobre a mesa, além da actualização salarial, a melhoria de condições de trabalho, higiene e segurança, seguro de saúde, carteira profissional, bem como transportes ou subsídio de transporte para professores e outros.
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