A TAAG é acusada de ter vendido bilhetes de passagens para a entrada e saída do País, numa altura em que as viagens de ida e vinda para Angola estão canceladas, à luz do actual Decreto Presidencial sobre Situação de Calamidade Pública, por força da Covid-19. A empresa de aviação desmente ter anunciado a comercialização de tarifas, admitindo, porém, que o seu sistema de vendas de bilhetes de passagens esteve sempre aberto. À última hora, a TAAG reprogramou voos humanitários para Lisboa e São Paulo.

A denúncia é de cidadãos que se dizem lesados por terem adquirido passagens aéreas da TAAG, quando o decreto do PR estabelece a proibição de voos que apenas termina dentro de mais de 10 dias.

Um dos lesados, que pediu anonimato, questiona qual foi a razão que levou a abertura dos voos, quando, na verdade, não foram feitos protocolos com os países de destino.

"As pessoas fizeram as reservas, pagaram os bilhetes, fizeram o teste da Covid-19, organizaram as suas vidas em função da viagem, para, no entanto, no dia seguinte, serem informadas que o voo está suspenso", lamentou um dos lesados.

Os cidadãos que põem em causa a seriedade da companhia questionam o sacrifício que passaram para juntar dinheiro para os bilhetes, sublinhando que quem viaja nesta altura não o faz em gozo de férias, mas por absoluta necessidade.

O NJ contactou o porta-voz da TAAG, Carlos Vicente, que afirmou que a empresa não anunciou venda de bilhetes, mas teve o sistema de vendas aberto on-line. "A TAAG não fez publicação oficial. Uma coisa é a TAAG anunciar, outra é estar aberto o sistema de vendas. A TAAG não anunciou vendas de bilhetes", referiu.

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