Segundo a produção de prova colhida pelo tribunal, este oficial superior distorceu os factos reais e apagou as provas do crime de homicídio contra a menor, por ser ele parte envolvida no processo-crime.

A acusação diz que a menina foi morta por asfixia pela própria mãe, a mando do seu namorado, o director municipal do SIC no Nzento, por alegadamente a menor estar atrapalhar a relação amorosa que ele mantinha com a progenitora da vítima.

A acusação refere que o oficial superior do SIC, de 39 anos, com a patente de intendente, é acusado de abuso do poder, prevaricação, favorecimento pessoal e obstrução da justiça.

A mãe de vítima, de 35 anos, é a principal responsável do crime que chocou a sociedade na província do Zaire, em 2020, mas, por insuficiência de provas, a mulher, assim como o irmão do oficial superior do SIC, foram absolvidos da acusação.

O crime ocorreu em 2020, mas apenas foi esclarecido pelo SIC três anos depois, em Março de 2023.

O corpo da criança foi encontrado pendurado numa das árvores do quintal em que vivia com a mãe com sinais de violação sexual, na vila piscatória do Nzeto.

O Novo Jornal sabe que os três arguidos estiveram detidos preventivamente durante nove meses, na cadeia de Nkiende, em Mbanza Kongo, e foram restituídos à liberdade em Dezembro do ano passado, por excesso de prisão preventiva.