Bimakila Mbatakano, de 52 anos, médico, especialista em clínica geral, colocado no Hospital Municipal de Tomboco, província do Zaire, e Nzinga Wumba Panzo, mãe da vítima, cuja idade não foi revelada pelas autoridades, ficaram em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa, aplicada pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) Zaire.

São ambos acusados nos autos de homicídio voluntario da criança de de 12 anos, estudante, do ensino geral, onde frequentava a 6º classe.

O crime, segundo o MP, "ocorreu após a mãe da adolescente dar conta da gravidez da sua filha, levando-a de seguida à residência do médico que ali realizou o aborto tendo a criança morrido durante o acto", refere a fonte do Ministério Público ao Novo Jornal.

O MP adiantou ainda que a criança morreu de uma violenta hemorragia que impossibilitou a sua condução ao Hospital Municipal de Tomboco.

Ao Novo Jornal, a porta-voz do Serviço de Investigação Criminal no Zaire, Suzana Sebastião, disse que após a situação que culminou na morte da pequena Ruth Nsimpa Mateus, o SIC-Zaire e a Polícia Nacional (PN) desencadearam diligências que culminaram com às detenções do médico e da mãe da menor.

"Depois da detenção do médico, foi possível apreender no interior da sua residência três aparelhos, sendo um de ecografia, um de hemograma e um microscópio, bem como diversos medicamentos que usava nas pacientes que ali ocorriam em busca de tratamento médico", informou Suzana Sebastião.

Os detidos vão aguardar o julgamento em prisão preventiva na cadeia da comarca do Nkiende, no município de Mbanza Kongo.