Marques, que deu nota positiva à governação de pouco menos de 15 meses de João Lourenço, reforçou, no entanto, a necessidade de criação de emprego para a juventude.
"Queremos uma sociedade melhor, e para termos uma sociedade melhor devemos ser mais exigentes, e, nesse caso, para o próximo ano, os principais desafios são a economia, gerando emprego sobretudo para grande parte da juventude que está desempregada", disse, em declarações aos jornalistas.
O fundador do portal Maka Angola defendeu a "inventariação" dos fundos "desviados do Estado" que se encontram em Angola, para devolução ao património público, no âmbito do processo de combate à corrupção e repatriamento de capitais e manifestou-se "expectante" em relação ao processo de repatriamento coercivo de capitais, findo o "tempo de graça" dado pelo Governo.
"Como qualquer angolano, tenho uma grande expectativa sobre como se procederá esse processo de repatriamento, mas uma questão fundamental é olhar, também, para questão dos fundos que foram desviados do Estado e estão em Angola", declarou.
"Fundos que precisam ser catalogados e devolvidos ao património público, então é importante que falemos também desses fundos roubados e investidos aqui em Angola", reforçou.
Para Rafael Marques, quem "desviou fundos do Estado e os investiu no País", incorreu em "crimes de peculato", de modo que, assinalou, "quando falamos na questão do repatriamento de fundos e combate à corrupção há legislação suficiente para lidar com esse assunto, não precisamos de uma nova lei".
Na cerimónia, que decorreu nos jardins do Palácio Presidencial, estiveram presentes deputados, membros do Governo, líderes de partidos políticos, titulares de órgãos de soberania, representantes da sociedade civil, como a ADRA, a Associação Justiça Paz e Democracia (AJPD), a Handeka, e a associação Mãos Livres, músicos, desportistas, tais como os atletas da selecção de futebol com muletas e da selecção feminina de andebol.
Bonga, Manu Dibango, Waldemar Bastos, Pérola e Dom Caetano foram os artistas que actuaram nesta noite em que o Chefe de Estado, João Lourenço, disse ter procurado "reunir praticamente todas as franjas da nossa sociedade".