Apesar de um acordo concluído em Agosto, os combates prosseguem no país, insistindo os especialistas da ONU que partes do estado de Unity (Norte) estão à beira da fome.
“Foram feitos relatórios alarmantes de fome, desnutrição aguda e níveis de segurança alimentar catastróficos nas áreas mais afectadas pela violência em curso”, indicou a FAO num comunicado.
A organização alertou que a previsão para o resto do ano é sombria, tendo em conta o esgotamento das provisões e uma temporada agrícola provavelmente fraca.
Depois de conquistar a sua independência do Sudão, em Julho de 2011, o Sudão do Sul é, desde Dezembro de 2013, palco de uma guerra civil com combates no seio das forças armadas, minadas por conflitos políticos e étnicos, conflitos que já provocaram milhares de mortos e mais de dois milhões de deslocados.
Quer o Governo, quer os rebeldes são acusados de massacres, recrutamento e assassínio de crianças, violações e deslocamento forçado de populações.
No início do mês, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a situação dos Direitos Humanos no país do Leste da África é "uma das mais espantosas" do mundo.
"Trata-se de uma das situações mais espantosas no mundo para os direitos humanos, com um uso maciço dos estupros como instrumento do terror e arma de guerra", afirmou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein.