Em despacho assinado pelo Presidente da República, consultado pelo Novo Jornal, é autorizada a celebração deste acordo de financiamento, que vale 250 milhões de dólares, "tendo como base o aumento das oportunidades de emprego entre os jovens angolanos e, consequentemente, o incremento da produtividade".
O Projecto de Oportunidades de Emprego para os Jovens de Angola (AYEOP), financiado pelo Banco Mundial, visa o apoio à empregabilidade, tendo como base o aumento das oportunidades de emprego entre os jovens angolanos e, consequentemente, o incremento da produtividade.
Segundo o Banco Mundial, que acredita que cerca de 500 mil pessoas beneficiem do projecto através da participação em intervenções no domínio do empreendedorismo e do mercado de trabalho, o AYEOP introduz uma abordagem de convergência para integrar os investimentos do governo e o apoio do Banco Mundial para a transformação económica, diversificação e digitalização, particularmente no corredor económico do Lobito.
O projecto será implementado em todo o país e terá como alvo pessoas entre os 16 e os 35 anos, em especial as que estão desempregadas, inactivas ou envolvidos em actividades de baixa produtividade e vulneráveis a choques.
"Especificamente, o projecto apoiará os jovens empreendedores, oferecendo-lhes formação, serviços de desenvolvimento empresarial e assistência financeira para os ajudar a desenvolver os seus negócios e a criar oportunidades de emprego", lê-se numa nota anterior do Banco Mundial.
O projecto visa igualmente oferecer formação alinhada com o mercado, certificação de competências, estágios, serviços de colocação profissional, orientação e apoio ao emprego digital, e, segundo o Banco Mundial e o Governo angolano, "reforçará a capacidade das instituições governamentais para oferecerem programas e serviços do mercado de trabalho que sejam reactivos e sustentáveis em grande escala".
Por cada dez pessoas com emprego em Angola, oito sobrevivem à conta de biscates e de outras actividades informais, e apenas duas têm um emprego formal, ou seja, um emprego que lhes garanta maior segurança e direitos.
Será a ministra das Finanças a negociar e assinar o acordo de financiamento e toda a documentação relacionada com ele relacionada.