O novo ministro de Estado para a Coordenação Económica do Presidente da República, que transita directamente do Banco Nacional de Angola (BNA) para o Executivo de João Lourenço, no seu primeiro discurso ministerial, sublinhou o objectivo de conversar com o sistema financeiro para lubrificar o processo de entrega dos cartões de desconto (Ver links em baixo nesta página).

Com esta troca inesperada, o que pressupõe que o processo desenhado pelo anterior coordenador da equipa económica, Manuel Nunes Júnior, não correu como esperado, a intenção, avançou Lima Massano é reanalisar todo o processo de forma a "assegurar que os cartões possam todos ser entregues estar em funcionamento" rapidamente.

O governante, que assume a mais complexa pasta neste âmbito, adiantou, citado pela Lusa, que o seu principal objectivo neste contexto é que "o benefício que foi definido possa chegar aos cidadãos que exercerem actividades quer de transporte e de pesca e possam efectivamente tirar daí o seu benefício e não pesarem em demasia os custos para toda a economia".

"A orientação está dada e vamos procurar rapidamente ter as condições operacionais para que esse desconforto seja minimizado", salientou, naquele que é o ponto mais melindroso deste processo, o que acabou por ser confirmado pelo próprio Presidente João Lourenço quando lhe disse, na sua intervenção, no Palácio da Cidade Alta, que este chegou ao cargo "num momento em que vai encontrar um dossier delicado".

Mas ouviu também o Presidente dizer-lhe que vai ser preciso rewsolver este problema: "Precisamos resolvê-lo não só a contento da economia, como também dos cidadãos que de alguma forma acabam por ficar afectados".

O Presidente diz-se, no entanto, "muito esperançado" e acredita que, naquela que é outra dimensão complexa da sua missão, a tarefa da diversificação económica "talvez não seja muito difícil" para o até agora administrador do Banco Nacional de Angola, "a julgar pelo seu rico currículo".

"A julgar pelo facto de estar a vir da banca, portanto, facilmente saberá mobilizar a banca para passar a financiar mais a economia nacional", destacou.

O Chefe de Estado declarou, no seu breve discurso durante a tomada de posse de Lima Massano, que "a economia de qualquer país é algo muito importante", tanto quanto é "a segurança nacional".

"Talvez mais, porquanto, até a própria segurança nacional depende muito da saúde da economia do país. Tudo mais depende da boa saúde da economia do país", salientou.

O grande desafio que Massano tem a partir de agora "é trabalhar no sentido de acelerar o processo da diversificação" da economia, declarou o Chefe de Estado, que vincou que é preciso "produzir muito mais fora do sector dos petróleos e transformar mais os inúmeros recursos minerais que o País tem".

"Transformarmos aqui, manufacturar um conjunto de bens que são essenciais para a vida das populações e desta forma aumentarmos o leque de bens exportáveis".

José de Lima Massano, que saiu na quinta-feira, ex-governador do banco central, substitui Manuel Nunes Júnior, exonerado do cargo de ministro de Estado para a Coordenação Económica.