Apresentada pela Lucapa como uma fonte "prolífica de grandes e valiosos diamantes aluviais", a mina do do Lulo continua a somar recordes, reforçando a posição de maior activo da multinacional australiana.
Com 118 diamantes especiais extraídos desde o início do ano, a exploração da Lunda-Norte "largou" recentemente uma pedra de 114 quilates, que eleva para 11 o número das suas descobertas com mais de 100 quilates, negociadas ao preço mais alto do mundo por quilate.
Aliás, no final de Junho, a Lucapa procedeu à venda de mais um lote de diamantes extraídos da mina do Lulo, conseguindo cerca de 2 milhões de USD por um lote de 1 782 quilates.
Com esta operação, a multinacional facturou, só nos primeiros seis meses do ano corrente, cerca de 16 milhões em vendas.
A isto deverá acrescer em breve, segundo comunicou a empresa, o resultante da venda de um conjunto de gemas, incluindo uma colorida com 10,8 quilates, cujo leilão deverá ocorrer nas próximas semanas.
Nessa última venda, o quilate foi comercializado, em média, a 1.150 dólares norte-americanos, um preço considerado excelente, embora longe da média do ano, que vai nos 1.642 USD e ainda mais longe do recorde batido em 2016, quando o quilate chegou aos 2.983.
Recorde-se que o Lulo é a estrela do sector diamantífero angolano quando a medida é tirada a partir do tamanho e qualidade das gemas extraídas da terra, sendo dali que saíram os três maiores diamantes produzidos em Angola.
Neste lote de gigantes, o destaque vai para o de 404 quilates encontrado no início de 2016, que foi, já em 2017, vendido após transformação numa jóia rara de 163 quilates, por 34 milhões de dólares.
Inicialmente o maior diamante encontrado no país foi adquirido pela De Grisogono, a joalheira de luxo suíça, de Isabel dos Santos, por 16 milhões de dólares, soma justificada pelo tamanho, 404 quilates, e pela qualidade, um "D Color" excepcionalmente raro.
Apesar do sucesso global da mina do Lulo, segundo os seus responsáveis, o melhor pode estar ainda para vir, porque todas as gemas encontradas até agora são de produção aluvial, diamantes depositados nos cursos de água que atravessam os 3 000 km"s 2 que a concessão tem.
O que quer dizer que a empresa australiana mantém em curso uma procura intensa pelo kimberlito-mãe destes diamantes, que se crê estar algures no interior da vasta concessão na Lunda Norte, sendo a lógica elementar a possibilidade de no interior desse kimberlito, o composto rochoso responsável pela subida dos diamantes desde as entranhas da terra, onde se formam graças à enorme pressão e à elevadíssima temperatura, até à crosta terrestre.
Algumas das particularidades deste mina podem ser percebidas aqui, aqui ou aqui, entre outros exemplos.