Com os quatro jornalistas, que se somam aos seis abatidos na semana passada, também nas imediações de um hospital, totalizando perto de 250 os que já pereceram sob as armas israelitas desde Outubro de 2023, foram mortas 11 pessoas, todos civis neste ataque.

Segundo os media internacionais, Israel lançou dois ataques contra o hospital de Nasser, em Gaza, esta segunda-feira, 25, matando pelo menos 15 pessoas, incluindo os quatro jornalistas da Reuters, da Al Jazeera e da Associated Press.

Hussam al-Masri, repórter de imagem contratado pela Reuters, foi um dos jornalistas mortos no ataque inicial, que levou à interrupção da transmissão em directo que estava a ser feita perla agência britânica.

"O primeiro ataque teve como alvo o quarto andar do complexo médico Nasser, seguido de um segundo ataque, enquanto ambulâncias chegavam para resgatar os feridos e mortos", afirmou o Ministério da Saúde de Gaza em comunicado.

Nas imagens do segundo ataque, passadas nos canais internacionais, vêem-se cinco pessoas a subir uma escada de incêndio, sendo atingidos diretamente.

Testemunhas dizem que o segundo ataque ocorreu depois de equipas de resgate, jornalistas e outras pessoas terem acorrido ao local do ataque inicial, uma forma de maximizar o "sucesso" destes ataques do regime genocida, como as instâncias de justiça internacionais e vários países em todo o mundo acusam, de Telavive, que se traduz por conseguir o maior número de vítimas

De acordo com as autoridades de saúde de Gaza, os outros três jornalistas mortos nestes ataques eram Mariam Abu Dagga, jornalista freelancer que trabalhava para vários meios de comunicação, incluindo para a AFP, Mohammed Salama, fotojornalista da Al Jazeera, e Moaz Abu Taha, jornalista da rede NBC.

Decididamente Israel passou a ter os jornalistas entre os alvos prioritários e o objectivo só pode ser impedir que os crimes cometidos em Gaza cheguem ao exterior. Por enquanto não há registo de jornalistas abatidos por Israel foram do contexto geográfico do Médio Oriente e no âmbito deste conflito em Gaza, que foi iniciado em Outubro de 2023, quando o Hamas assaltou o sul de Israel onde deixou um rasto de sangue de mais de mil mortos.