A declaração de situação de desastre nacional foi justificada pelo Governo de Pretória com a necessidade de coordenar a resposta de emergência, com a deslocação de meios e equipas de umas províncias para as outras.
No comunicado da Presidência, que tem a acumular com esta tragédia nacional o grave problema dos apagões energéticos que há meses têm gerado o caos social na África do Sul, é ainda sublinhado o forte impacto destas inundações que afectam a larga maioria do país, incluindo sete das nove províncias que conta, principalmente na costa este...
A maior parte das mortes até agora registadas ocorreram no Kwazulo-Natal, sudeste, onde perderam a vida cinco das sete pessoas nesta lista das vítimas, tendo as restantes duas perecido na província de Mpumalanga.
Em todo o país há dezenas de pontes, estradas, linhas férreas e infra-estruturas públicas e privadas destruídas, incluindo muitas fazendas, que ficaram totalmente devastadas pelas fortes chuvas que há dias fustigam o pais mais austral do continente africano.
Embora ainda não esteja concluído o trabalho de verificação dos estragos, as autoridades sul-africanas sabem já que vão ter longos meses, ou mesmo anos, pela frente para reparar tudo o que ficou agora danificado, com largas centenas de milhões de dólares necessários para essa tarefa gigantesca.
Recorde-se que a África do Sul viveu uma das mais devastadoras cheias da sua história em Abril de 2022, tendo então sido mais atingida a zona de Durban, na costa este do país, (como pode ver aqui) tendo morrido mais de 400 pessoas e pelo menos 85 mil ficaram sem casa.