O revés imposto ao primeiro-ministro (na foto) é uma vitória para as organizações de defesa dos Direitos Humanos e dos migrantes que chegam ao Reino Unido sem passar pelo processo burocrático da lei britânica. (ver links em baixo nesta página)

Na votação feita na Câmara dos Lordes (alta) surgiram cinco alterações que impõem o regresso da lei à Câmara dos Comuns (baixa) para nova aprovação, sendo que o não reconhecimento do Ruanda como país seguro para acolher os migrantes expulsos é de difícil resolução por exigir alterações profundas no sistema político ruandês.

Há pouco mais de um mês, os "Comuns" aprovaram o projecto de lei, dando novo vigor a este programa de Rishi Sunak, que tinha, em 2023 visto o Tribunal Superior considerar que não estavam cumpridos todos os requisitos legais.

Este projecto compreende o pagamento de mais de 100 milhões de dólares ao Ruanda de uma vez e o pagamento de 25 mil USD por cada migrante para lá enviado por Londres, ficando estes depois sujeitos aos procedimentos legais ruandeses aplicados à migração ilegal.

O Ruanda é um pequeno país da região dos Grandes Lagos, que atravessa uma situação de pré-guerra com a RDC, e que está longe de ser visto pelas organizações humanitárias internacionais como cumpridor dos Direitos Humanos com os seus cidadãos e com os migrantes.