Num relatório divulgado nas últimas horas, em Banjul, capital da Gâmbia, um pequeno país da África Ocidental, "entalado" em território senegalês, a TRCC explica que esta decisão resulta da audição de centenas de testemunhas entre 2019 e 2021.
Entre esses depoimentos, a Comissão, segundo estão a noticiar as agências internacionais, sublinha as evidências de mortes repetidas às mãos de esquadrões criados para o efeito sob a égide de Jammeh (na foto), um antigo militar que governou com mão de ferro a Gâmbia entre 1994 e 2017.
Como o Novo Jornal acompanhou na altura, mesmo com eleições onde perdeu claramente o poder paras Adama Barrow, Jammeh ainda tentou, em 2016, prolongar o seu reinado através de manobras dilatórias e ameaça de intervenção de parte do exército que lhe continuava leal.
Mas foi a pronta intervenção da CEDEAO, a comunidade de países da África Ocidental, que ameaçou com uma intervenção militar de larga escala e chegou a ter um forte contingente nas suas fronteiras, especialmente senegaleses, que levou Jammeh a ceder, embora não sem antes ter ameaçado transformar a Gâmbia num cemitério de solados estrangeiros.