Esta zona de Khan Yunis, a maior cidade do sul de Gaza, é onde muitos palestinianos deslocados pelo conflito se refugiaram, de acordo com um relatório das Nações Unidas.

A área de Khan Yunis, alvo da ordem de evacuação, era o lar de mais de 111 mil habitantes antes do início da ofensiva israelita, há dois meses, e tem actualmente cerca de 141 mil palestinianos que fugiram dos combates, refugiados em 32 campos.

Há seis dias que o enclave vive um quase total corte no acesso às telecomunicações e Internet, sendo que Israel bloqueou também o fornecimento de electricidade e combustível, complicando a utilização de dispositivos electrónicos, sublinhou o OCHA.

Depois de consolidar o controlo do norte de Gaza, Israel está a concentrar esforços militares em Khan Yunis.

Nesses mais de dois meses de ataques israelitas sobre Gaza, onde vivem 2,3 milhões de habitantes numa faixa de terra de apenas 40 kms de extensão por nove de largura, foram mortas mais de 18 mil pessoas, na sua maioria crianças e mulheres.

Foram ainda destruídas dezenas de unidades de saúde, centros humanitários geridos pela ONU, com mais de 110 funcionários da UNRWA (ONU-Palestina) mortos e mais de 70 jornalistas, um número recorde mundial se se tiver em conta o breve tempo em que tantos profissionais da comunicação social foram mortos, nalguns casos provadamente atingidos de forma deliberada pelas forças israelitas.