O chefe das Nações Unidas foi à sala de conferências de imprensa da ONU, em Nova Iorque, e em 90 segundos, explicou que ficou "chocado" com o que se depreendeu do seu discurso em Israel.
Mostrou-se incrédulo com a possibilidade de el Telavive se ter percebido que esta a defender as acções de terror do Hamas.
"Estou chocado com o que depreendeu de parte do meu discurso... como se estivesse a defender os actos de terror do Hamas. Isto é falso. É precisamente o oposto", asseverou António Guterres, citado pelas agências.
"Acredito ser necessário verificar correctamente a situação, especialmente no que respeita às vítimas e às suas famílias", apontou.
Nas suas palavras que geraram a violenta resposta de Israel (ver aqui), Guterres disse ser "importante reconhecer que o que o Hamas fez não aconteceu no vácuo. O povo palestiniano foi sujeito a 56 anos de uma ocupação sufocante", referindo-se aos ataques de 07 de Outubro, onde o braço-armado do Hamas invadiu o sul de Israel espalhando terror e fazedo mais de 1400 mortos, a que se seguiu uma devastadora resposta israelita que, em sucessivos bombardeamentos, destruiu milhares de casas em Gaza com um rasto de mais de 6.500 mortos, entre estes mais de 2.500 crianças, e mais de 14 mil feridos. (ver links em baixo nesta página).
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, que teve as palavras mais duras para com Guterres, tinha exigido a sua demissão imediata ou um pedido de desculpas público pelas suas palavras.
Fica por saber se com esta curta resposta, Guterres é desculpado pelo diplomata israelita.
No entanto, recorde-se, depois das palavras de terça-feira, o chefe da ONU voltou a reafirmar esta quarta-feira, 25, tudo o que dissera anteriormente em duas publicações na rede social "X".