"Hoje, ultrapassámos a marca do meio milhão de refugiados do Sudão desde o início do conflito", afirmou Filippo Grandi numa conferência de imprensa em Nairobi. "Dois milhões de pessoas estão deslocadas no país".
Desde o início do conflito, a 15 de abril, entre o exército, comandado pelo general Abdel Fattah al-Burhane, e as forças paramilitares, lideradas pelo general Mohamed Hamdane Daglo, morreram mais de 2.000 pessoas, segundo a ONG Acled.
"Se não silenciarmos estas armas, o êxodo do povo sudanês vai continuar", advertiu hoje o responsável da ONU.
Filippo Grandi falou por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, depois de uma conferência de doadores organizada pela ONU ter angariado cerca de 1,5 mil milhões de dólares para combater a crise humanitária no Sudão e ajudar os países vizinhos a acolher as pessoas que fogem dos combates.
Na segunda-feira, a comunidade internacional prometeu cerca de 1,5 mil milhões de dólares para ajudar o Sudão, devastado pela guerra, que, segundo o chefe da ONU, António Guterres, está a cair na destruição e na violência a um ritmo "sem precedentes".