Foi, mais uma vez, com morte e destruição que os jihadistas do Boko Haram responderam a Muhammadu Buhari, o Presidente nigeriano que mais tem prometido combater o terrorismo islâmico no mais populoso países de África, desta feita com um triplo atentado na localidade de Konduga, perto da capital do Estado de Borno, Maiduguri.
Este atentado múltiplo ocorreu no Domingo, quando muitas dezenas de pessoas assistiam à retransmissão televisiva de um encontro de futebol, e foi um dos mais mortíferos neste estado nigeriano, embora a actuação do Boko Haram na região venha de há largos anos.
Em 2013, por exemplo, na mesma localidade, morreram 52 pessoas num ataque deste grupo, que lançou cerca de duas centenas de guerrilheiros, saídos da floresta, contra a população, disparando indiscriminadamente sobre quem estava ou saia das mesquitas.
Este foi um dos ataques que fez com que Muhammadu Buhari, que foi eleito em 2015 pela primeira vez e em Fevereiro foi reeleito, tenha, em ambas as campanhas, feito sucessivas promessas de eficácia contra o terrorismo deste grupo jihadista com ligações firmadas ao estado islâmico (daesh).
Todavia, o Boko Haram tem mostrando uma forte capacidade de resistência às operações que as Forças Armadas têm lançado nas regiões que controlam.
No entanto, apesar de activo desde 2002, este grupo terrorista tem tido altos e baixos na sua actuação e na abrangência territorial das suas acções, estando agora mais confinado às áreas rurais, sendo raras as vezes em que ataca nos grandes centros urbanos, como sucedia há alguns anos.
Na folha de morte do Boko Haram estão mais de 20 mil pessoas, sendo ainda de registar que a sua presença obrigou mais de um milhão de pessoas a deslocar-se para zonas de segurança criadas pêlos militares.