A guerra, que começou em Abril de 2023 entre o exército sudanês e as forças paramilitares de apoio rápido (RSF) tem sido devastadora para a população deste país da África Oriental, com dezenas de milhares de pessoas mortas e mais de oito milhões deslocadas internamente, que se somam aos 2,7 milhões de deslocados antes da guerra.

A fome já foi declarada em cinco regiões do Sudão e prevê-se que se estenda a outras cinco, até Maio, apesar de o Governo sudanês, alinhado com o exército, negar a existência de fome, mas as agências de ajuda humanitária queixam-se de que o acesso está bloqueado por obstáculos burocráticos, combates e violência.

O exército e as RSF são acusados de utilizar a fome como arma de guerra. Durante a maior parte do conflito, a ONU teve dificuldade em angariar um quarto dos fundos necessários.

O conflito no Sudão tem sido frequentemente descrito como a "guerra esquecida", ofuscada pelos conflitos no Médio Oriente e da Ucrânia, apesar da dimensão dos horrores infligidos aos civis.