Por unanimidade, os quinze países do Conselho de Segurança aprovaram uma resolução que estende o mandato da missão MONUSCO até 20 de Dezembro de 2023 e mantém a autorização para o destacamento de até 13.500 soldados.
Nos últimos anos, as Nações Unidas tinham iniciado uma redução do número de efectivos como parte de um plano de transição para entregar mais responsabilidades às forças congolesas, mas desta vez os níveis mantêm-se num momento de grande tensão no leste do país.
O leste da RDC registou uma intensificação da violência este ano com o retorno às armas do Movimento 23 de Março (M23), um grupo rebelde que ocupa várias áreas e é acusado de cometer atrocidades contra a população civil.
Além disso, a MONUSCO tem sido alvo de vários protestos este ano nesta zona do país, acusada de ser incapaz de fazer face à violência, com numerosos grupos a exigirem a sua saída.
O mandato da missão tem três objectivos básicos: proteger a população civil, apoiar o desarmamento de grupos armados e contribuir para a reforma do sector de segurança na RDC, além de monitorizar a situação dos direitos humanos.
A ONU envia uma missão ao terreno desde 1999, embora inicialmente com outro nome, para contribuir para a estabilização do país, imerso num frágil processo de paz desde a segunda guerra no Congo (1998-2003).
Actualmente, a MONUSCO é uma das maiores operações de paz que as Nações Unidas possuem.