Asseguram a presença nesta Assembleia Geral os municípios de Belas, Icolo e Bengo, Kilamba Kiaxi, Luanda, Viana, Talatona, e ainda o Governador da Província de Luanda, Manuel Homem.
A cidade de Luanda continuará a pertencer à Comissão Executiva de cinco membros no próximo mandato, 2024-2026, passando a presidência desta comissão da cidade de Lisboa para o Rio de Janeiro, continuando Maputo a presidir à Mesa da Assembleia Geral e assumindo a cidade de Coimbra a presidência do Conselho Fiscal.
Todos os leitores do Novo Jornal que quinzenalmente me leem, sabem que assino os artigos como Secretário-geral da UCCLA, funções que exerci durante quase doze anos.
O cargo de Secretário-geral representa e assegura a gestão da UCCLA interna e internacionalmente.
Com a consciência que sempre tive que mesmo os cargos elegíveis, ainda que sem limite de duração, devem ter um prazo, decidi não me recandidatar a próximos mandatos da UCCLA, razão pela qual cessei funções na Assembleia Geral do dia 25 de outubro.
Do meu ponto de vista havia que dar lugar a outra pessoa porque doze anos é tempo bastante, tendo sido eleito para Secretário-geral o Dr. Luís Álvaro Campos Ferreira.
Ao cessar funções, não me é possível deixar de ter o relacionamento com os países de língua oficial portuguesa e em particular com Angola, a quem me ligam laços tão profundos desde o meu nascimento, na Caála.
Nunca escondi a honra de ter nascido em Angola e o muito que a ela devo, tendo presente a memória da minha mãe, natural do Samboto, bem como de muitos outros familiares.
É sabido que ninguém renega a mãe por impossibilidade natural e a terra onde se nasce tem também esta referência.
Aos dezoito anos, em 1965, por não haver estudos universitários em Angola, tive de partir para Lisboa, onde me licenciei em Direito, em 1970, e várias contingências da vida impossibilitaram o meu regresso a Angola, como era meu desejo.
Foi esta relação com Angola que me conduziu naturalmente para a UCCLA, em 2013, tal como me conduziu a outras entidades ligadas aos países de língua oficial portuguesa e a amigos de todos os quadrantes.
Ao ter cessado funções de Secretário-geral da UCCLA, sinto ser minha obrigação agradecer, por esta via, a Angola pelo muito que ela me deu, às cidades associadas da UCCLA e porque a maioria dos municípios de Luanda são dela associados, também agradeço aos governadores da Província de Luanda e aos Presidentes do Município da capital com quem mais me relacionei no exercício das funções.
Recordo, assim, do município da capital e do governo da Província de Luanda os nomes de Bento Bento, José Tavares, Graciano Domingos, Higino Carneiro, Maria Antónia Nelumba, Joana Lina, Milca Caquesse, Paula Chantre e Manuel Homem.
A última visita a Angola no exercício de funções procurei a todos contactar e, pelo pouco tempo que tinha, tive a honra de ser recebido pelo Governador Manuel Homem, sempre generoso e solidário, mais uma vez presente na última Assembleia Geral que se fez acompanhar pela Administradora do Município de Luanda, Milca Caquesse e dos demais municípios integrados no Governo Provincial.
Senti-me verdadeiramente em casa.
O facto de cessar funções não me vai limitar a que quinzenalmente continue a escrever para o Novo Jornal, pela gentileza do também meu amigo Armindo Laureano, seu Diretor.
Bem-haja por tudo, a Angola e aos amigos tão fraternos que me habituei a ter e a respeitar.
O Vítor Ramalho continuará com Angola no coração, assinando ainda este artigo como Secretário-geral da UCCLA!n

*(Secretário-geral da UCCLA)