Um dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, a que atraiu uma atenção considerável foi para a desigualdade de rendimento. Por isso, a questão da equidade entra em cheque e não seremos capazes de cumprir com as metas preconizadas. Vivemos um cenário de sucessivos ciclos recessivos que vem aumentar a desigualdade de oportunidades entre os desiguais. O país apresenta taxa de desemprego superior a 30%. Ou seja, a criatividade anda ociosa e a capacidade de produzir bens e serviços necessita de um estímulo quer pelo investimento quer pelas isenções. A agricultura pelo papel multidimensional no processo de desenvolvimento - criação de oportunidades de emprego, redução da pobreza, garantia de segurança alimentar - durante muito tempo recebeu tratamento negligenciado. O aumento da produtividade neste sector é um factor importante na redistribuição da mão-de-obra noutros sectores da economia.

Entendo que não existe outra saída senão pela elevação do nível de produção geral.

E como andam os angolanos? Sendo o desemprego o pior drama na vida dos homens (entenda-se homem e mulher) afecta seu equilíbrio psico-emocional e físico. No geral, isolando a Covid-19, o desemprego em Angola é motivado por factores estruturais (fracos e maus investimentos de capital) e não por factores conjunturais. E, neste particular, os angolanos estão na tanga agravada com a redução do poder de compra quer pela inflação quer pela desvalorização da moeda.

Entre os jovens assiste-se, mesmo em tempos da Covid-19, uma tendência ao êxodo rural (campo/cidade) e a emigração porque entendem que quem sobrevive em Angola - em que o mais elementar dos serviços como: educação, água, electricidade, saúde, transporte, saneamento básico são negados - pode perfeitamente viver ou sobreviver com menos pressão noutras latitudes.

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