Na nossa Constituição, os magistrados, para além dos poderes que têm, também têm determinadas condições que não permitem, por exemplo, que exerçam cargos políticos como ministros e deputados e são inelegíveis ao cargo de Presidente da República. Isso não quer dizer que não possam exercer certa pressão ao primeiro magistrado da Nação para verem umas coisinhas melhoradas.

É interessante ver que são independentes no exercício das suas funções e apenas devem obediência à Constituição e à lei. O resto é conversa. As Suas Excelências podem usar os mecanismos da lei, que eles tão bem conhecem, para sugerir ou exigir melhorias nas condições de exercício das suas funções, sejam elas nos seus tribunais, nos seus apartamentos condignos ou nas suas viaturas pessoais para uso de serviço. Não se pode atentar contra a dignidade dos dignos doutores.

Também são inamovíveis, não podendo ser transferidos, promovidos, suspensos, reformados ou demitidos senão nos termos da Constituição e da lei. Portanto, estão blindados contra as constantes danças das cadeiras infligidas aos chefes dos departamentos ministeriais, similares e afins. Sem essa potencial ameaça, actualmente têm tempo para exercer as suas funções no escritório, e num futuro próximo nos apartamentos condignos ou nos confortáveis assentos traseiros das suas viaturas.

Ultrapassadas as reivindicações gerais, será importante também o fornecimento de equipamentos informáticos para que o seu trabalho seja feito de forma tecnologicamente inovadora, imparcial e sempre justa. Tomar decisões mais rápidas e fazer que o seu empenho e desempenho ajude Angola a sair da cauda do Índice Global de Inovação. Podem começar, como sugerido pela nossa televisão pública, aprender a transformar documentos em word em ficheiros pdf. Isso sim, uma inovação tecnológica.