Há muitos sinais. Sinais do tempo de quem não espera que haja coragem para que certas atitudes sejam tomadas, umas mais arrojadas, outras mais destemidas, nem sempre as mais acertadas. Avançar com uma guerra é uma dessas atitudes que magoam. Mais uma no meio de inúmeras outras que dão sinais da plasticidade humana, sobretudo obrigando que as pessoas tenham de se adaptar à forma como o mundo as rodeia.

Há muitos sinais. Sinais tecnológicos que demonstram como em poucos anos passámos de simples disquetes flexíveis para dispositivos rígidos com maior capacidade para guardar e partilhar informações. Sinais de uma revolução tecnológica que nos deu o desprazer de testemunhar o desaparecimento do nosso primeiro satélite, e cujos avanços da tecnologia 5G também preocupam. Sinais da telefonia móvel que por cá escasseiam sem explicações. O habitual não há sinal ou o sinal está fraco.

Há muitos sinais. Sinais do tecido cultural que se corrói com o tempo e com o cansaço de falta de sinais positivos, onde a esperança continua a motivar quem acredita. A cultura empobrecida dá sinais de fraqueza, pois perduram os exemplos maus e onde os "gostos" representam um sinal de popularidade mesmo que o conteúdo seja oco e pejado de inutilidades que fazem as pessoas esquecer os dias maus.

Há muitos sinais. Sinais religiosos que sustentam máquinas de sonhos e a esperança depositada num ser maior que não se vê. O uso do sinal da cruz para solicitar o livramento de todos os males, principalmente aqueles que se prometeram corrigir.

Há muitos sinais. Poderia haver mais. O sinal mais.