«Com a crescente busca por inclusão e representação em todos os âmbitos da sociedade não tarda que haja uma extensão maior para o mundo dos desportos. Afinal, se já temos os Jogos Olímpicos para atletas tradicionais e os Paralímpicos para atletas com deficiência, por que não criar um evento desportivo que celebre a diversidade em todas as suas formas? Uns Jogos Olímpicos da Diversidade, uma competição onde todos são bem-vindos, desde que tragam consigo uma boa dose de originalidade e um senso de humor à prova de piadas internas, porque rir é o melhor remédio. Uma versão mais suave para se incluir as minorias que reclamam espaço por todo o lado, passando para o segundo plano a luta para a igualdade de género, do feminino.

Uma versão menos binária a realização de uns Jogos Olímpicos Transgéneros cintilantes de inclusão e com glitter à grande e à francesa. Neste universo paralelo, mas cada vez mais presente, as cerimónias de abertura seriam um desfile fabuloso de bandeiras arco-íris, e o acendimento da tocha olímpica seria feito com um salto de salto alto flamejante. O lema do Jogos Olímpicos "mais rápido, mais alto, mais forte", introduzido há exactamente 100 anos, seria certamente mudado para permitir a inclusão dos mais lentos, dos mais baixos, dos mais gordinhos, dos não binários, e de outros a quem seriam sempre dados diplomas olímpicos de participação.
A escolha das modalidades não seria fácil pois teriam de ser tão diversas quanto o espectro do género que toma já quase um terço do alfabeto e das várias identidades de género. As modalidades seriam tão diversas quanto a própria humanidade. Por exemplo, natação sincronizada individual mantendo a harmonia entre seus próprios movimentos. Ténis de mesa com balões para aprimorar os reflexos lentos. Vólei sentado em cadeiras de praia para uma massiva participação dos geriátricos. E provas surpresa onde um atleta poderia começar como homem e terminar como mulher, ou vice-versa.