"Precisamos de trabalhar mais, precisamos de produzir mais. A força do Kwanza depende da força da nossa economia, daquilo que nós produzirmos", referiu João Lourenço quando inaugurava a Casa do Kwanza, uma nova infra-estrutura do Banco Nacional de Angola, que servirá como centro de armazenamento, processamento e distribuição de numerário.
João Lourenço lamentou que, por vezes, haja "quem pense que a estabilidade do Kwanza depende simplesmente de uma varinha mágica, quando não é assim. Já lá vão os tempos em que nós tínhamos uma taxa de câmbio que era invariável", acrescentou.
O PR sublinhou ainda que, "independentemente do que a gente produzia, a taxa era fixa e nas economias de mercado isso não acontece".
"É o nosso caso e é o caso das economias de todo o mundo. As taxas são variáveis e dependem de um conjunto de factores, não só de produção, mas, sobretudo, do Produto Interno Bruto, daquilo que o país consegue oferecer para o consumo da indústria e das populações", acrescentou.
Questionado sobre o combate à corrupção, disse que este fenómeno "não tem a ver com a vontade dos homens de não a permitir, de que não haja tolerância e de levar a sério esse combate".
"Portanto, não tem a ver com instalações. Isto é uma instalação apenas. A corrupção existe. Os corruptos não precisam de conhecer esta instalação, não precisam de passar por aqui. E, hoje, o roubo é feito até estando apenas à frente de um computador ou mesmo de um simples telemóvel", referiu.
Na sua opinião, a corrupção existe em todos os países do mundo, frisando que "o importante é que não haja impunidade".
"Nunca ninguém disse que vamos acabar com a corrupção em Angola. Isso é uma luta quase inglória, porque não existe país nenhum que tenha conseguido fazê-lo", notou, frisando que o importante é que todos aqueles que forem apanhados "na malha da luta contra a corrupção" não beneficiem de nenhum tipo de impunidade.
O Presidente da República inaugurou a Casa do Kwanza, uma nova infra-estrutura do Banco Nacional de Angola que servirá como centro de armazenamento, processamento e distribuição de numerário.
Situado no perímetro da Zona Económica Especial, território da recentemente criada província de Icolo e Bengo, o empreendimento vai também servir de lugar de acondicionamento de metais preciosos e de destruição de dinheiro físico que já não esteja em condições de circular.
O complexo de edifícios que compõem a Casa do Kwanza (dez no total) é o resultado de quase quatro anos de trabalho de construção.
Os meios tecnológicos de última geração que garantem o funcionamento da infra-estrutura são de proveniência alemã.