Um novo secretário-executivo da UNITA na província de Benguela, uma das principais praças eleitorais do País, segundo pólo em termos de investimentos, e obras suspensas, com centenas de jovens no desemprego, fazem destaque neste primeiro ano de uma legislatura
que começou com a pressão da sociedade civil rumo à institucionalização das autarquias, vistas como uma fórmula para a redução do caos social nas comunidades.
As obras, para as quais as autoridades contam com o empréstimo de 415 milhões de euros, são chamadas na perspectiva do duelo político por ter sido o próprio governador e primeiro-secretário do Comité Provincial do MPLA, Luís Nunes, a admitir, no rescaldo dos resultados eleitorais nos principais municípios, que "temos de continuar a executar projectos para conseguirmos a simpatia do povo".
Foi a resposta à derrota em municípios como Benguela, Lobito e Catumbela, que conformam o há muito anunciado "canteiro de obras", dominado, entre outras acções, por reabilitação de estradas, edifícios, sistemas de água e construção de mercados.
Se há, como se viu na última semana, na Catumbela, um Luís Nunes a tentar resgatar a imagem de Benguela cheia de obras, perdida por limitações financeiras, também é certo que está um secretário-executivo do "galo negro" a inserir no seu discurso de mobilização mensagens que podem esvaziar a "paixão" pelo betão demonstrada pelo seu adversário
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