O líder do Grupo Parlamentar do MPLA, Joaquim António Carlos dos Reis, durante a declaração política no Parlamento, afirmou que "seria bom que o maior partido da oposição, a UNITA, aproveitando este palco (Assembleia Nacional) ou outro qualquer, também elencasse os seus grandes feitos por Angola, para que o povo deles tenha conhecimento".
Segundo o partido no poder, apesar dos desafios ainda existentes, o processo de reconstrução nacional "representa a resiliência e o compromisso em edificar um futuro próspero e sustentável, capaz de responder às aspirações do povo angolano".
O MPLA lamentou que quando o secretariado do Bureau Político do MPLA anunciou a realização do seu 8º Congresso Extraordinário, o Grupo Parlamentar da UNITA, "motivado por fins inconfessos", fez sair um comunicado "especulativo e falacioso", num "exercício de profecia", sobre as razões da sua convocação e sobre o que ocorreria naquele congresso.
"Naquele comunicado, a UNITA mentiu ao povo angolano, afirmando existir no seio do MPLA uma crise de liderança e de unidade, apontando essas como sendo as causas da realização do congresso. Autêntico delírio", disse Joaquim António Carlos dos Reis.
"A linguagem falaciosa da UNITA não é nova, é antiga, o que é novo são os seus autores. Os antigos autores foram derrotados pela história, os novos autores seguem o mesmo caminho", acrescentou, lembrando que o MPLA realizou o seu congresso de "forma tranquila" e em ambiente "de forte coesão e de unidade em torno do líder", João Lourenço.
"Para tristeza dos maledicentes e falaciosos, naquele conclave, pode ter acontecido tudo, menos o que o Grupo Parlamentar da UNITA profetizou, especulou e mentiu ao povo, no seu comunicado", frisou o deputado, salientando que o MPLA saiu do congresso de Dezembro mais forte e unido.
Reagindo à posição do MPLA, a UNITA diz que a Independência de Angola "não deve ser confundida com os objectivos políticos de quem está no poder" nem a soberania do povo "com a autoridade do Estado".
"Esta distinção assume relevância maior quando se fala em preservar a Independência Nacional. Preservar a independência nacional não é defender e muito menos preservar o partido-Estado nem as suas fraudes eleitorais", disse o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiaka.
Chiaka afirmou que é importante assinalarem-se os 50 anos de Independência de Angola, "porém, mais importante ainda, são os 50 anos que estão por vir".