O manifesto de apoio a Adalberto Costa Júnior, alicerçado "no pensamento mestre do Dr. Savimbi", tem como primeiros subscritores os dois fundadores vivos da UNITA, José Samuel Chiwale e Ernesto Joaquim Mulato.

E nas suas primeiras linhas pode-se ler que tem tradução no Projecto de Muangai, onde o partido do "Galo Negro" bebe os seus ideais e desígnios históricos, apontando à "mudança" na "convicção de que Angola necessita um novo rumo".

Nos 13 pontos em que é plasmado o manifesto de apoio ao actual presidente, divulgado um dia depois de Rafael Massanga Savimbi, filho do antigo presidente e fundador da UNITA, Jonas Savimbi, ter anunciado a sua candidatura, os subscritores sublinham as "profundas desigualdades sociais, económicas e políticas. Angola".

Dizem que o país "permanece refém de um sistema que não responde às legítimas aspirações do seu Povo" e que esta realidade exige de todos "visão, responsabilidade e coragem" como condimentos para afirmar "com convicção e sentido patriótico, o apoio à recandidatura de Adalberto Costa Júnior à liderança da UNITA".

Naturalmente elogioso para Costa Júnior, o documento avança que o actual líder "é hoje um activo nacional, um símbolo de esperança e de mudança, que transcende as fronteiras partidárias" com um percurso de "firmeza na defesa da democracia" e uma inigualável "dedicação às causas do Povo angolano".

"A sua reeleição à frente da UNITA não é apenas uma decisão interna; é um imperativo nacional. É o passo que garante que a UNITA, fortalecida e unida, continuará a dar corpo e força à esperança, à voz dos sem voz, e servir de instrumento congregador através do qual os angolanos de todos os matizes podem resgatar a sua dignidade e construir um futuro de prosperidade", pode ler-se no ponto 6.

E no ponto 10 diz-se que a reeleição de Adalberto "e garantir que, em 2027, a UNITA como um estuário congregador de vontades, estará preparada para disputar e vencer, com legitimidade e unidade, as eleições gerais, oferecendo ao Povo uma alternativa real, justa, democrática e um governo inclusivo e participativo para o bem-estar dos angolanos".

Entre as largas dezenas de subscritores do manifesto encontram-se muitos dos nomes históricos do maior partido da oposição, fundado em 1966, como, além de José Samuel Chiwale e Ernesto Joaquim Mulato, os de Lukamba Gato, Abílio Kamalata Numa, Liberty Chiyaka, Mihaela Neto Webba, Adriano Sapiñala, Marcial Dachala...