Tanto João Lourenço como Mike Pompeo optaram pela rede social Twitter para pontuarem a importância desta visita de menos de 24 horas a Luanda.
"Foi um prazer ter reunido com o Presidente angolano João Lourenço em Luanda. Os Estados Unidos suportam fortemente os esforços anticorrupção, a democratização e as reformas económicas em curso em Angola", disse Pompeo numa entrada no Twitter.
E onde voltou de novo para sublinhar que a paragem em Luanda neste seu périplo africano, que o levou a seguir para a Etiópia, depois de ter estado no Senegal, permitiu aos dois países fazerem sérios progressos para "fortalecer o comércio bilateral, a cooperação na área da segurança e na promoção da boa governação".
João Lourenço, que esteve reunido com Mike Pompeo na manhã de segunda-feira, na Cidade Alta, com escassas ou nenhumas informações sobre o conteúdo da conversa fornecida aos jornalistas a seguir, foi ao Twitter, pouco depois do Secretário de Estado norte-americano ter deixado Luanda, cerca das 15:00, para afirmar a sua satisfação, tal como Pompeo o fez, e adiantar que a corrupção e a recuperação de activos no exterior foram dois dos temas em cima da mesa.
Com esta vinda a Luanda do responsável na Administração do Presidente Donald Trump pelas relações internacionais, que é de facto considerado a segunda figura do Governo dos EUA, João Lourenço notou que a parceria estratégica entre os dois países "está no bom caminho".
Esta visita ficou marcada claramente pela afirmação de Mike Pompeo no sentido de garantir que Washington está disponível para ajudar o Executivo angolano a recuperar os activos e os dinheiros levados e adquiridos no exterior de forma ilícita, João Lourenço colocou a questão do combate à corrupção e a recuperação de activos como um dos temas que esteve em cima da mesa na audiência com o governante norte-americano.
"Investimento privado americano, segurança da região, luta contra a corrupção e apoio na recuperação de activos" foram os temas da conversa com Pompeo confirmados por João Lourenço na rede social.
Recorde-se que Mike Pompeo, durante uma conferência de imprensa no Ministério das Relações Exteriores (MIREX), onde esteve reunido com o seu homólogo Manuel Augusto, foi claro ao afirmar que os EUA estão sempre disponíveis para ajudar a "repatriar os capitais levados para o estrangeiro de forma ilícita porque Washington apoia sempre os esforços feitos em todo o mundo para garantir que as transacções financeiras sejam sempre "mais limpas e transparentes".
"Os Estados Unidos da América querem que os angolanos sejam prósperos. Vamos ajudar Angola a repatriar os capitais domiciliados de forma ilícita no estrangeiro", disse Mike Pompeo durante uma conferência de imprensa no âmbito da sua visita de 24 horas a Angola, no Ministério das Relações Exteriores (MIREX).
O governante americano disse ainda que o seu País vai apoiar Angola na responsabilização de pessoas envolvidas na corrupção e que ilicitamente colocaram dinheiro do erário público no estrangeiro.
Mike Pompeo asseverou que Washington apoia os esforços feitos em todo o mundo para garantir que as transacções financeiras sejam sempre "mais limpas e transparentes".
"Quando se descobre que não é o caso, os EUA usam os seus recursos para corrigir o que está mal. Iremos seguramente fazer o mesmo para apoiar Angola", disse o Secretário de Estado nesta conferência de imprensa realizada logo a seguir ao encontro com o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto.
Mike Pompeo elogiou as reformas políticas, económicas e diplomáticas levados a cabo pelo Presidente João Lourenço.
Referiu que os empresários americanos estão muito interessados em investir em Angola em várias áreas, pois sabem que o País tem potencial e áreas por explorar.
"Os Estados Unidos de América vão continuar a promover um ambiente atraente para o investimento que incentive um maior envolvimento das empresas americanas", frisou.
Alguma imprensa internacional nota que Pompeo, no encontro com Lourenço, procurou encontrar caminho para que um eventual crescente comércio entre Angola e os EUA possa ser moeda de troca pela diminuição da intensidade das relações entre Luanda e Pequim, embora nem um nem outro tenha feito qualquer reparo sobre essa questão.
Isto, apesar de ser conhecido algum mal-estar das sucessivas administrações norte-americanas com a perda de influência no continente africano em contraste com a cada vez mais saliente conquista de espaço económico e diplomático da China em África.