Um apinhado de homens e mulheres de impecáveis vestimentas organizava-se em grupos que começavam em três ou quatro filas, mas, depois, afunilava-se numa espécie de beco, onde todos se submetiam ao mesmo procedimento de revista, seja ministros ou governadores cessantes, diplomatas ou jornalistas, músicos ou altas patentes das forças de Defesa e Segurança. O local acolheria a investidura de João Lourenço, acto que seria presenciado por dezenas de Chefes de Estado e de Governo. Todo o cuidado era pouco, portanto.

Após um rigoroso "pente fino", realizado por técnicos treinados para o efeito e máquinas detectoras de metais, mediante a exibição das credenciais, agentes da organização tratavam, então, de indicar o lugar em que cada um se devia sentar. Sem dar pela presença dos jornalistas, uma conhecida governante ainda tentou fazer a cabeça de um jovem ligado ao protocolo, pedindo para ser colocada numa zona em que o sol não se faria sentir tão cedo, mas a resposta foi tão curta quanto peremptória: "Não posso, minha senhora; são ordens!"

Ordem, aliás, é o que não faltou na criteriosa distribuição dos assentos. O lado esquerdo da tribuna de honra, na parte de cima, estava reservado aos Chefes de Estado e de Governo, ao passo que os degraus mais abaixo se destinavam a acolher as altas patentes militares e da Polícia Nacional.

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