Numa iniciativa da organização "Friends Of Angola - FoA", que teve lugar na sexta-feira, em Luanda, a "cara" do projecto PRA-JA Servir Angola, que luta na justiça por ver reconhecida a sua legalização, até ao momento travada pelo Constitucional por alegadas irregularidades processuais, sublinhou que não faz questão de ser ele a dar a cara por uma candidatura que una a oposição numa frente contra a candidatura do MPLA, encabeçada pelo actual Chefe de Estado, João Lourenço.

Citado pela Lusa, Abel Chivukuvuku aproveitou a ocasião para deixar claro que é errada a ideia de que "não aceita mais nada" que não seja ser ele mesmo a encabeçar uma candidatura, afirmando que isso não está evidente no seu percurso político, visto que foi dirigente da UNITA "durante mais de 30 anos" e nunca foi presidente do maior partido da oposição.

Mas frisou que está disponível para apoiar uma candidatura que reúna o apoio alargado de partidos da oposição, como é vontade expressa já por algumas personalidades da política nacional angolana.

O ex-dirigente da UNITA e da CASA-CE, que co-fundou em 2012 e da qual saiu em desacordo com a restante direcção há cerca de um ano, avançou ainda, nesta conferência virtual da FoA que tem sido contactado para reflectir sobre a possibilidade de integrar a alternativa a João Lourenço e ao MPLA.

Segundo a Lusa, Chivukuvuku tem sido abordado por uma corrente que entende que toda a oposição se deveria unir em torno de uma candidatura contra do MPLA, de forma a que na corrida às urnas em 2022 estejam apenas essas duas possibilidades, diminuindo assim algumas das vantagens do actual Presidente e candidato a um segundo mandato.