A responsável, que assumiu que existem dificuldades na emissão de bilhetes de identidade e de cédulas, salientou que as províncias com mais documentos de identificação são as de Luanda, Benguela, Huíla, Uíje e Cabinda.
"Vou dar aqui a mão à palmatória, temos dificuldades sim. A nossa base de dados tem nove milhões de bilhetes de identidade", disse Felismina Manuel, citada pela Rádio Nacional.
A organização não governamental Handeka tem defendido que o Estado registe os 11 milhões de "não-cidadãos" com base no cartão de eleitor. Na opinião da presidente da Associação, Alexandra Simeão, "ao entregar um cartão de eleitor, o Estado está a dar ao cidadão a presunção de nacionalidade, pois autorizando-o a votar, está a assumir que é angolano, isto porque apenas os cidadãos nacionais podem votar".
Segundo dados do último censo geral da população, de 2014, cerca de 54% dos angolanos tem registo civil, o que corresponde a 13,7 milhões de habitantes, dos quais cerca de 11 milhões se encontram em áreas urbanas e os restantes em zonas rurais.
Também de acordo com esse censo geral, o País contava, então, com mais de 25 milhões de habitantes, estimando-se que possa atingir os 30 milhões em 2020.