O contrato tem a cobertura da Agência de Crédito à Exportação Francesa «BPI France» para o financiamento de 85% do valor do contrato comercial e 100% do prémio de seguro.
Este financiamento vai permitir pôr em prática o despacho presidencial 39/21, de 13 de Abril do ano passado, em que o Presidente aprovou um ajuste directo, de mais de 50 milhões de euros, para a construção de um hospital no município do Bailundo.
No actual documento é delegada competência à ministra das Finanças, com a faculdade de subdelegar, para a assinatura dos acordos de financiamento das obras do Hospital Geral do Bailundo.
O texto do despacho presidencial do ano passado, em que o Presidente aprovou a construção do hospital, refere que o procedimento de contratação simplificada é devido às "condições inadequadas de funcionamento, acomodação e assistência médica aos doentes, a nível das unidades sanitárias", o que "compeliu a necessidade imperiosa de se construir e garantir o apetrechamento de hospitais e serviços de apoio aos mesmos, em virtude da urgência no asseguramento da continuidade dos serviços hospitalares e melhorar a assistência e o acompanhamento médico aos doentes".
Neste despacho foi delegada competência à ministra da Saúde para a aprovação das peças do procedimento, verificação da validade e legalidade de todos os actos praticados, adjudicação das propostas para a celebração dos contratos, incluindo a sua assinatura.
Um mês antes do despacho de aprovação do hospital, o Presidente tinha autorizado uma despesa de 4,5 milhões de dólares norte-americanos para a conclusão do projecto da Ombala.
As obras de requalificação da Ombala do Bailundo, no município do Bailundo (Huambo), entregues às empresas FINIBAN e OMATAPALO, paralisadas há cinco anos por razões financeiras, abrangem a construção do Palácio do Rei, 35 residências para os seus assessores e os túmulos onde repousam os corpos dos reis Katiavala e os Ekuikui II e IV.
O projecto, iniciado em 2012, inclui também os locais sagrados onde estão preservados os crânios dos anteriores reis, "numa acção que visa dar mais dignidade ao símbolo de resistência do Povo Umbundu, por serem estes os locais onde as autoridades tradicionais realizam actividades para pedirem aos ancestrais fertilidade, boa colheita, chuva, protecção e paz para os angolanos", noticiava a Angop em Novembro de 2019, avançando que as obras estariam concluídas até ao primeiro semestre de 2021.