A decisão chega um dia depois da publicação do "Luanda Leaks" pelo Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (CICJ).
Em comunicado citado pela Lusa, o banco EuroBic revela que a deliberação foi tomada pelo Conselho de Administração "na sequência dos eventos mediáticos suscitados pela divulgação de informações reservadas relativas à Eng.ª Isabel dos Santos", aludindo ao "Luanda Leaks".
"A decisão decorre da "percepção pública de que este banco possa não cumprir integralmente as suas obrigações pelo facto de a Eng.ª Isabel dos Santos ser um dos seus accionistas de referência", refere ainda o documento.
A investigação trazida no domingo a público, e que expõe o percurso da filha do ex-Presidente e a forma como se tornou a mulher mais rica de África, denominada Luanda Leaks, decorreu ao longo dos últimos oito meses e foi feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação que teve acesso a mais de 700 mil ficheiros, entre os quais extractos bancários da Sonangol e registos de transferências do Eurobic, um banco de que Isabel dos Santos é accionista e que foi utilizado para as transferências.
E o problema, segundo o ICIJ, é que essas transferências tiveram como destino uma conta bancária de uma companhia offshore, a Matter Business Solutions, empresa de consultoria fundada por Jorge Brito Pereira, advogado da filha de José Eduardo dos Santos.