Eugénio César Laborinho disse também que esses cidadãos estrangeiros, sem mencionar origens, incentivam alguns angolanos a roubar e vender esses metais que são, posteriormente, vendidos em determinados países, como ficou claro nas apreensões de contentores com cargas ilegais com este tipo de materiais prontos para serem exportados a partir do Porto de Luanda.

"O furto de cabos eléctricos, destruição dos postes de iluminação pública, cabines de distribuição de energia, tubagem de transportação de água potável e a vandalização dos caminhos-de-ferro (...) são crimes aos quais devemos prestar maior atenção", disse o ministro na abertura do Conselho Superior de Polícia.

O governante frisou que estes são "crimes são importados" por cidadãos estrangeiros que, acusou, embora sem nomear nem quem nem de que países são originários estes estrangeiros, "tudo fazem para descredibilizar a acção do Governo".

Eugénio César Laborinho deu como exemplo a apreensão recentemente efectuada pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) de cinco contentores com mais de 11 toneladas de cabos eléctricos e lingotes de cobre fundido, fruto de furtos, que estavam a ser exportados para os Emirados Árabes Unidos.

"Este ano será uma prioridade da corporação a vigilância permanente desses bens públicos", assegurou.

Eugénio Laborinho disse, por outro lado, que "a polícia está a lutar para melhorar os níveis de actuação, tendo sempre em conta a Constituição e a Lei como princípio orientador".

Recentemente, o chefe dos serviços da ENDE, Pedro Viegas, disse à Rádio Nacional de Angola (RNA) que os equipamentos montados, nomeadamente postos de transformação, postes de iluminação e instalações de cabines, acabam vandalizados ou roubados, causando avultadas perdas para o Estado angolano em milhões de kwanzas.

De recordar que, em Março de 2020, a Polícia Fiscal aprendeu dez contentores de 20 pés com cabos eléctricos descarnados, barras de cobre e de alumínio.

No mês de Outubro do mesmo ano, a polícia apreendeu mais de 11 mil toneladas de cabos eléctricos e lingotes de cobre roubado, escondidos em contentores que iam ser exportados através do Porto de Luanda, para os Emirados Árabes Unidos.

Na ocasião, o porta-voz do SIC-geral, superintendente de investigação Manuel Halaiwa, disse que os contentores continham os cabos eléctricos e barras de cobre arrumados de forma dissimulada, preparados para exportação fraudulenta, como se de lixo, sucata ou resíduos ferrosos se tratasse.