Liderado por Mahamat Idriss Déby, filho do antigo presidente, o governo de transição tem sido amplamente contestado por cerca de 30 "partidos políticos da oposição que defendem "o estabelecimento de uma transição liderada por civis (...), através de um diálogo inclusivo".

Mahamat Idriss Déby foi instituído pelos militares como o "garante da independência nacional, integridade territorial, unidade nacional, respeito pelos tratados e acordos internacionais", por um "período de transição de 18 meses", findo o qual "novas instituições republicanas serão criadas, através da organização de eleições livres, democráticas e transparentes", segundo o porta-voz do Exército chadiano, general Azem Bermandoa Agouna, em declarações transmitidas pela televisão estatal a 21 de Abril.

No domingo, 30 de Maio, o governo do Chade acusou o exército da República Centro-Africana de ter matado um soldado e de ter raptado e executado cinco militares durante um ataque contra um posto militar chadiano, afirmando tratar-se de um "crime de guerra".

Na terça-feira, foi divulgado um comunicado conjunto em que o Chade e a RCA pedem às Nações Unidas e à União Africana para que o incidente seja investigado.

A República do Chade vive uma guerra civil desde Dezembro de 2005. O conflito envolve as forças governamentais e vários grupos armados.

João Lourenço é o Presidente em exercício da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos, que junta Angola, Burundi, República Centro-Africana, Congo, República Democrática do Congo, Quénia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.

A CEEAC conta com 11 países, nomeadamente, Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Congo, República Democrática do Congo, Gabão, Guiné Equatorial, Ruanda, São Tomé e Príncipe e o Tchad.

O regresso do Chefe de Estado angolano está previsto para o final da tarde desta sexta-feira.