Requerentes de vistos de curta duração para Portugal estão alegadamente a ser vítimas de extorsão por parte de elementos supostamente afectos ao consulado luso em Luanda, sendo-lhes cobrado valores que chegam a superar os dois milhões de kwanzas para verem acelerado o processo de concessão, apurou o Novo Jornal.

Em meio à publicação, em Diário da República datado de 29 de Setembro, de um protocolo bilateral entre Angola e Portugal, com o objectivo de facilitar a obtenção de vistos para fins académicos, desportivos, culturais, científicos e tecnológicos, bem como para cidadãos em busca de tratamento e seus respectivos acompanhantes, Paula Mavungo, 44 anos, e Afonso de Almeida, 50, dão rosto a uma denúncia que a maioria prefere fazer em anonimato.

Por exemplo, Paula Mavungo, empresária angolana residente em Cabinda, está há quase um ano na luta por um visto de turismo que anda "encalhado" devido a razões que desconhece. "Depois da entrevista, disseram-me que tinha falhado qualquer coisa e, por isso, deveria voltar a fazer o pedido [de visto] três meses depois", explica a comerciante, antes de acrescentar que, nos meses seguintes, se viu "atirada" para uma série de "curvas", até supostamente um funcionário do Consulado Geral de Portugal em Luanda lhe solicitar uma "gasosa" de 400 mil kwanzas, que, no entanto, embora tenha sido já paga, não chegou para resolver o problema, quase 12 meses depois.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)