Com esta desfecho, apurou o Novo Jornal, apenas 3.000 candidatos estão em condições legais para fazerem a formação referente ao curso que estava desenhado para 5.000 recrutas que há seis meses estavam em formação na Escola Nacional de Migração (ENAMI).
Firmação essa que foi, suspensa por terem sido detectadas graves irregularidades no processo de selecção dos candidatos.
O ministro do Interior, Manuel Homem, assegurou esta segunda-feira,24, em Benguela, que mais de 2.000 recrutas não reuniam os requisitos exigidos por lei e foram excluídos.
Segundo o ministro, as listas definitivas dos candidatos apurados serão publicadas na ENAMI, ainda esta semana.
O Novo Jornal apurou que após o MININT ordenar a realização de novo cadastramento, muitos candidatos que supostamente entraram pela porta do "cavalo" desistiram.
Segundo a fonte, os mesmos, para além de não comparecerem, desligaram os telemóveis nos dias marcados para o recadastramento.
O Novo Jornal apurou ainda que a "peneira" ao processo dos recrutas foi feita a "lupa" por uma comissão do SME, coadjuvada por elementos do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE).
Foram detectadas no processo várias adulterações de idades e formandos com ficha criminal activa.
O Novo Jornal apurou e noticiou em Novembro que vários candidatos não tinham sequer perfil para o curso.
Na "peneira" do recadastramento, vários são os Bilhetes de Identidade (BI), falsos, com idade adulterada.
Em declarações à imprensa no mês passado, aquando da visita a direcção do SME, o ministro do Interior referiu que tão logo os resultados dos candidatos inscritos fossem divulgados, os cidadãos que se considerassem injustiçados, poderiam recorrer, conforme previsto na lei.