A rede, segundo o Serviço de Investigação Criminal (SIC), pretendia fazer também explodir a subestação eléctrica do Huambo, a sede do SIC e os reservatórios de combustível da Sonangol.

De acordo com o SIC, o grupo pretendia realizar esses ataques no primeiro momento da visita de Joe Biden a Angola, que estava previsto para o mês de Outubro.

Segundo o SIC, o grupo terrorista pretendia provocar o pânico do ponto de vista social e político em Angola, para dizer ao mundo que Angola é um país instável e inseguro que o Governo não é capaz de controlar.

Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC, assegurou que os elementos deste grupo foram monitorados e detidos, em Luanda e no Huambo.

O líder do grupo terrorista, segundo o SIC, é um cidadão nacional, também intitulado como presidente do movimento revolucionário "Furoa", com ligação ao exterior do País.

Conforme o SIC, este cidadão juntou amigos e familiares no grupo, entre quais um oficial da Polícia Nacional, no Huambo.

Com o grupo, segundo o SIC, foram apreendidas 60 explosivos e produtos tóxicos e asfixiantes.

O grupo é composto por sete elementos, entre os quais um polícia e dois elementos do Centro de Desminagem do Huambo, diz o SIC.

Segundo as autoridades, o grupo tinha financiamento de pessoas no País e no estrangeiro, e preparava-se para treinar 13 cidadãos nacionais no exterior.

O financiamento era feito, segundo o SIC, através de duas contas bancárias de uma cidadã já falecida.

Manuel Halaiwa assegurou que o líder do grupo fez várias deslocações ao exterior do País e a províncias de Angola.

Segundo os órgãos de inteligência, o alegado grupo terrorista angolano tinha como inspiração alguns grupos africanos que realizaram golpes de Estado nos seus países.

O SIC afirma que o líder do grupo terá escrito aos responsáveis destes "grupos terroristas" africanos a solicitar apoio militar e que se terá deslocado ao Burkina Faso, onde "foi recebido pelo líder golpista" deste país africano.

O Novo Jornal apurou junto do SIC que há provas de cartas que este homem terá enviado para a Coreia do Norte, com pretensões de manter contacto com o Presidente Kim Jong-un, e para a Venezuala, embora não haja confirmação de obtenção de resposta.

Segundo o SIC, o líder deste alegado grupo terrorista terá também escrito ao responsável do grupo FLEC, em Cabinda, para obter apoio militar.

Manuel Halaiwa assegurou que as autoridades dos EUA tiveram toda a informação, mantiveram contacto com o dossier, e auxiliaram na tomada de medidas para "travar esta intenção de subverter a ordem e atacar os objectivos estratégicos".