Segundo a polícia, não é verdade que os níveis de crimes subiram no Sambizanga desde que foi desactivada a "Turma de Apito".
O 2º comandante provincial de Luanda, comissário António Ribeiro, disse aos efectivos do comando municipal de Luanda, no acto de lançamento da "operação apito", depois da desactivação da "Turma do apito", que, segundo a polícia, há já um tempo que o grupo de vigilantes agia fora das normas de segurança pública e que a Polícia Nacional vai intensificar o patrulhamento ostensivo e o policiamento de proximidade, com vista, a dar maior visibilidade e presença policial nos territórios críticos do Sambizanga.
Conforme o comissário, "é preciso combater a criminalidade e aqueles que continuarem com estes actos, vão sentir a mão pesada das autoridades policiais".
Ao Novo Jornal, o porta-voz de Luanda da PN, superintendente Nestor Goubel, disse que há muitas provocações aos agentes da polícia por parte de alguns munícipes que não estão satisfeitos com a desactivação da "Turma do Apito".
"Haverá muitas provocações, cada agente da polícia terá de ser um agente pacífico, porque teremos de dialogar com os populares e moradores dos bairros circundantes do Sambizanga", salientou.
Segundo a polícia, as zonas mais críticas no Sambizanga são os bairros Lixeira, Mota, Santo Rosa e Madeira, onde os integrantes da "Turma do Apito", através das suas" canforas" praticavam, crimes como cárcere privado, justiça por mãos próprias e outras actividades ilícitas.
Ao Novo Jornal, o porta-voz da Direcção de Investigação de Ilícitos Penais, Quintino Ferreira, que confirmou o desactivamento da "Turma do Apito", no Sambizanga, garantiu que este grupo se desviava daquilo que era o seu objectivo na comunidade e contrariava a Lei Orgânica sobre a Organização e Funcionamento da Comissão de Moradores.
Conforme a polícia, os elementos da "Turma do Apito" foram agora advertidos para a cessação imediata da actividade e a sua dissolução, sob pena de serem responsabilizados criminalmente por desobediência às autoridades policiais.